Capitulo 394
Na sombra ao virar do corredor do quarto, Felipe ficou ali por muito tempo, como se sua sombra estivesse
prestes a se fundir ao chdo. Ao ver a figura esguia da mulher saindo do quarto, seu coragéo se torceu em
agonia.
Todos os dias pensava nela,tanta intensidade que dofa. Preocupava-se tanto que nada tinha sabor e o sono
lhe fugia.
Quase por instinto, ele deu um passo a frente, querendo correr até ela e envolvé-la em seus bragos.
No entanto, ao lembrar que as bactérias ainda nao haviam sido eliminadas de seu corpo, seus passos se
tornaram pesados como chumbo, €uma inalagao dolorosa, ele recuou.
Ela ja teria visto o acordo de divércio? Sera que estava amaldigoando-o em seu coragao?
Ele nao podia explicar, temia que ela, conhecendo a verdade, recusasse o tratamento e fizesse algo impensavel,
como fizera ha trés anos.
Ela era uma mulher de coragem inabalavel, que nao temia nem mesmo a morte, caso contrario, nao teria
saltado ao marum explosivo ha trés anos.
Mas ele tinha medo, medo de que ela morresse, medo de perdé-la novamente, ja que uma vez ja a perdera.
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇtN&o suportaria uma segunda perda. Enlouqueceria, desmoronaria completamente.
Por isso, ndo podia correr nenhum risco, assegurando-se que tudo estivesse perfeito.
A salde e a vida dela eram mais importantes que qualquer coisa. Era preciso esperar até que os especialistas e
institutos desenvolvessem um bacteriéfago eficaz e um novo antibidtico para entao revelar a verdade.
Mesmo que ela o entendesse mal, mesmo que o odiasse, ele aceitaria.
Angela virou-se e, ndo muito longe, uma silhueta familiar passou rapidamente a sua frente.
Ela estremeceu e quis correr para la, mas hesitou.
Deve ter sido ilusd@o sua. Por que Felipe estaria ali?
Afinal, estavam se divorciando.
Ao entrar no carro, ela ligou o celular e logo viu a noticia de que Felipe estava reatando com
outra.
Parece que, durante Se
amor.
Ele sempre amou Leila.
periodo de inconsciéncia, ele e Leila haviam reacendido o antigo
A eterna luz da lua mantinha seu lugar inabaldvel, insubstituivel.
12:12
Cactulo 394
Assim que ela voltou, seu lugar como esposa nado era mais desejado. Era hora de sair de cena.
Ela se sentia ridiculamente irénica, como se uma serpente verde e venenosa tivesse rastejado por sua espinha e
se enroscado em seu coragao, langando veneno e devorando seu coracao a cada mordida, tornando a respiragao
quase impossivel.
Se nunca tivesse havido esperancga, ndo sofreria o golpe da decepgéo.
Mas ela teve esperanga, mesmo dizendo a si mesma para proteger seu coragao e nao entrega-lo facilmente, ndo
podia evitar de ter esperangas em seu casamento, cada vez que ele a mimavacarinho, ela secretamente
entregava um pouco mais de seu coragao.
Ela era, afinal, ingénua e infantil, incapaz de competirsua astticia e experiéncia.
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De volta a casa, Galeno correu para ela e a abragou, “Mamae, vocé voltou, Galeno sentiu tanto sua falta.”
Dudu voou até ela, pousando em seu ombro, “Mamée voltou, mamae, mamae!”
Angela beijou o rosto delicado do filho e acariciou a cabeca fofa de Dudu, que adorava ser acariciado.
Elton estava na cozinha preparando a comida e, ao vé-la chegar, trouxe-lhe uma tigela de canja, “Angela, tome
um pouco de sopa para se fortalecer.”
*Obrigada, Elton. Eu... preciso ir ao banheiro primeiro.”
Angela estava sem apetite, sentindo um desconforto insuportavel.
Tudo o que queria agora era encontrar um lugar para chorar a vontade.
No banheiro, ela abriu a torneira e, cobrindo o rosto, comegou a chorar compulsivamente.
Lagrimas fluiam entre seus dedos como uma erichente descontrolada, arrastando consigo a amargura, o
ressentimento e a tristeza, inundando-a sem fim.
Depois de muito tempo, ela mordeu o Iabio, uma determinagao subita brilhando em seus. olhos.
No momento em que abriu a porta do banheiro, ela havia recuperado a calma, nao querendo que sua familia
visse seu estado lastimavel.
Enzo Alves a abragou pelo ombro, “Irma, vem comer. Elton fez tudo especialmente para vocé hoje.”